Ontem na cidade do Porto, o Manchester City enfrentou o Chelsea pela decisão da Liga dos Campeões 2020/21 e saiu derrotado graças a um gol único do Kai Havertz no final do primeiro tempo. Mesmo tendo tempo para tentar reverter, ou pelo menos igualar, o marcador o City não foi capaz e sai da sua primeira decisão de Liga como vice campeão, depois de ter conquistado a Premier League e Copa da Liga nessa temporada. Agora alguns jogadores entrarão de férias e outros tantos jogarão por suas seleções e a Premier League voltará em agosto.
A primeira coisa a se falar do jogo de ontem é que até algumas horas antes da partida eu estava calmo, passei a semana numa grande tranquilidade, só mais para perto do almoço é que comecei a sentir a tensão chegando e fiquei muito tenso durante o jogo todo. O resultado negativo me pegou, não tive vontade de fazer o post logo após o jogo, só agora, quase 24 horas depois, é que consegui sentar na frente do computador para escrever algumas coisas sobre essa derrota.
Falar que o eu acho que o Guardiola errou com a escalação do Sterling como titular após uma derrota pode parecer oportunista e engenheiro de obra pronto, mas não é mesmo. No post pré jogo eu escalei meu time titular e apenas tinha dúvida sobre qual seria o meio campista defensivo dessa partida ou o Fernandinho ou o Rodri, eu optaria pelo primeiro, então ver que o técnico preferiu colocar o Sterling e recuar o Gundogan para ser volante, numa temporada que ele foi muito bem chegando a área, me parece um erro muito grave. O Sterling não fazia uma boa temporada e achar que seria no jogo final, no mais importante, que ele desencantaria, parece torcer muito para o final à lá Disney. Não foi somente isso que nos fez perder o jogo, o De Bruyne também não apareceu para jogar.
Nesse esquema sem atacante do City, ele joga como primeiro homem da marcação na saída de bola do adversário, mas quando temos a bola ele chega mais perto do meio de campo para armar nossas jogadas, ontem ele recebia muitas bolas de costas para o gol do Mendy e com um adversário já em cima dele, pouco conseguiu sair dessa marcação e para piorar a vida dele, ele e Rudiger trombaram com o belga batendo com a cara mais no ombro do zagueiro do que outra coisa, ele precisou de um atendimento longo porque quebrou dois ossos do rosto e virou dúvida para a Euro 2021 que começará logo, logo.
Nosso time estava muito nervoso no começo do jogo, o Stones, principalmente, falhou em umas três oportunidades e em duas delas tivemos sorte de não termos saído com um gol sofrido. Eu escolheria o Laporte antes do Stones para começar? Não, o Stones fez uma excelente temporada, de recuperação, com a chegada do Dias, ele foi bem, tivemos a melhor defesa da Premier League, melhor defesa na fase de grupos da Liga e só perdemos a melhor defesa para o Chelsea porque chegamos empatados nesse quesito e eles fizeram um gol a mais que a gente. No lance do gol, a saída de bola do Chelsea nos quebrou com o goleiro Mendy achando o Chilwell livre na esquerda, o Walker sai do meio de campo para marcá-lo e o Dias vai no Mount para depois eles dois e o Stones irem marcar o Werner deixando um buraco, mas era um buraco bonito na nossa defesa para o Havertz entrar e marcar, o Zinchenko nesse lance sempre esteve atrás do Havertz, mesmo quando a bola ainda estava com o goleiro Mendy.
O gol do Chelsea sair evitou a expulsão do Ederson, ele sai deslizando para tentar abafar o atacante e fora da área a bola bate do braço dele, seria falta para expulsão, como levou vantagem, o juiz não fez nada. Ah, é melhor tomar o gol e ficar 11 v 11 ou 0-0, mas com 11 contra 10? Com um tempo inteiro para jogar, eu prefiro levar o gol, poderíamos correr atrás do resultado ainda, com um a menos contra um grande time, jogaremos colados no nosso gol e se tomasse um era adeus.
Tivemos poucas chances claras no jogo, dois com Foden que teve os chutes bloqueados duas vezes, no primeiro tempo o Rudiger tirou um gol certo, o Mendy não chegaria naquela bola e no final, no momento do abafa, uma finalização de fora da área do Mahrez que o goleiro senegalês, aparentemente o primeiro goleiro africano a ser titular numa final, só olhou e entregou para a divindade dele, passou perto do travessão, uma brisa na direção vertical, no sentido alto/baixo teria feito a bola entrar. Foi muito pouco, não era a gente em campo ontem.
Guardiola ainda tentou com as entradas de Gabriel e Aguero (Fernandinho tinha entrado antes para tentar organizar o meio de campo), mas as chances eram raras, muitas delas vindas do Walker, seja em cruzamento, um pegou o Aguero depois da falha do Reece James e ele tentou cruzar de esquerda para o meio da área para o Foden, mas a bola não subiu muito e o Mendy conseguiu agarrar, seja em laterais na área para os nossos zagueiros. Infelizmente essa foi de verdade a última partida do Aguero pelo City e eu não vi mais nada após o apito final, desliguei a televisão porque não estava com humor algum para ver festa dos outros, apenas mais tarde, vi as cenas do Aguero chorando de tristeza. Não era como nós queríamos que ele se despedisse, mas nem sempre o conto de fadas é possível.
Algo que me preocupa desse jogo para a próxima temporada é que Guardiola perdeu as três partidas para o Tuchel, tem sofrido com o Solskjaer, apesar do United não ser confiável, e os encontros com o Klopp não são dos mais fáceis também. Reter o título da Premier League vai ser muito, mas muito complicado mesmo, pelo menos temos garantia que o penta da Copa da Liga vai chegar.
Com o final da temporada de futebol, os posts vão ficar mais escassos, mas quando a pré-temporada iniciar estarei aqui de volta cheio de gás, nesse meio tempo é arrumar a vida que acaba ficando de lado por causa dos jogos...rs... Boas férias para todos!
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