Empate em Anfield.

Não conseguimos quebrar aquele tabu de 10 anos sem vitória no lendário Anfield Road, mas também não perdemos, apesar de achar que não seria um resultado injusto uma derrota. Um empate em 2-2 com grande ajuda dos zagueiros do time casa, gols de Yaya Touré e Tevez. Próxima partida será no sábado, às 15h30 contra o QPR em Manchester.

Mancini fez algumas alterações e mudou a tática do time também. Saiu do tradicional 4-4-2 para o 3-5-2 com a defesa formada por Kolo, Kompany e Zabaleta pela esquerda. Aparentemente Lescott não tinha nenhum problema, mas mesmo assim ficou no banco. Clichy não pode jogar porque sua esposa deu a luz, então Kolarov entrou.

Rodwell foi para o banco, Milner jogou como ala na direita e Balotelli ganhou a vaga do lesionado Aguero. O Man City até começou melhor, fazendo marcação cerrada no campo de defesa do Liverpool, não deixou eles respirarem. Infelizmente essa foi a melhor parte do jogo nossa e não conseguimos marcar o gol. E eles sim.

Esse estilo de marcação no escanteio não me agrada, o City marca por zona e deixa os jogadores adversários ganharem velocidade e batê-los no alto e na corrida, como aconteceu no gol de Skertl. Kolarov perdeu dele e o eslovaco fuzilou Hart com uma testada, sem chance de defesa. Acho que o Hart ainda não fez uma única defesa na temporada, as bolas que estão chegando no seu gol estufam a rede, sem culpa dele, deixar bem claro isso.

Voltamos para o segundo tempo ainda no 3-5-2 e sem alterações. O problema desse esquema é que Yaya ficou mais atrás, ele chegava pouco na área do Liverpool e Mancini corrigiu essa situação. Tirou Nasri, que não fez nada, não foi o único, para colocar Rodwell. Com isso Yaya ficou mais solto em campo e foi o autor do gol de empate após Kelly amortecer errado e deixar no pé do nosso motor. Achei que agora iríamos entrar em campo, mas a felicidade durou pouco.

Numa falta marcada contra o Rodwell, Luiz Suárez acertou um chute pelo lado de fora da barreira e desempatou logo em seguida ao nosso gol, foi uma ducha de água fria. Na sua última alteração, Mancini tirou Milner e colocou David Silva (Dzeko tinha entrado no lugar de Balotelli). Não foi o espanhol o autor da assistência para Tevez, foi o inimigo na trincheira Skrtel.

Eu tinha elogiado ele no lance do primeiro gol, falado que gostaria dele no City e acredito que ele me ouviu porque ele parecia que estava de azul e não vermelho. Ele recuou para Reina sem olhar, Tevez estava no meio do caminho, driblou o goleiro e empatou novamente a partida. Que ficou emocionante nos minutos finais com os dois times buscando a vitória, quem sabem mais uma por 3-2 para a gente. O garoto do placar não teve que fazer mais nenhuma mudança até o apito final. Perdemos o 100%, mas não a invencibilidade.

O esquema 3-5-2 não me agradou, perdemos a força ofensiva de Yaya, que só foi para o ataque logo após a entrada de Rodwell. E não entendi a razão de Kolo ter sido titular ao invés de Lescott, acho o inglês melhor jogador que o irmão de Yaya e a parceira que vem fazendo com Kompany está sendo boa. Hoje Kolo serve para aquelas partidas iniciais de copas e entrar no decorrer do jogo por necessidade.

O resultado foi satisfatório porque não merecíamos a vitória mesmo e uma derrota não teria sido nada absurdo. Esse ainda não é o time campeão inglês, muitos precisam pegar ritmo de jogo, quando eles tiverem melhores condicionados, veremos o verdadeiro Manchester City.