Cinco a zero e foi pouco.

No jogo que parecia que seria o mais difícil entre os quatro primeiros jogos do Manchester City na Premier League, o time azul não tomou conhecimento e meteu 5-0 no Liverpool. Aguero abriu a contagem, para depois Gabriel Jesus e Sané marcarem dois gols cada. O próximo jogo será na quarta feira, dia 13, contra o Feyenoord pela estreia na Liga dos Campeões.

A escalação do City mostrava Danilo entre os 11 titulares e fazia um esquema com três zagueiros. Eu achei que pudesse ter sido um "erro" da geração, afinal se com esse jogador em campo, o nosso time tem várias opções de formação táticas, eu achei que iríamos com quatro jogadores na zaga, mas estava certo mesmo o gráfico da TV. Danilo era o zagueiro pela direita, Stones pelo meio e Otamendi pela esquerda. E foi pelo lado do argentino que o Liverpool buscava e conseguia o jogo, Salah deu muito trabalho por ali e logo aos cinco minutos já tinha amarelo Otamendi. Eu não entendi nada quando o Kloop tirou o egípcio no intervalo, parecia ter entregue o jogo para a gente de propósito.

No começo do jogo o time visitante me pareceu melhor, colocava calor no nosso sistema defensivo, ao contrário da gente que procurávamos jogar mais no contra ataque e forçar os erros deles, tivemos sucesso. Mingolet teve que dar um bico para frente para se livrar da bola, ganhamos no meio de campo com a bola no pé de De Bruyne e o belga tocou lindamente par Aguero driblar o goleiro e fazer um a zero com 24 minutos.

Se a gente tinha um problema com Otamendi na esquerda, eles tinham um maior ainda com o lateral direito deles, Alexander Arnold, o jovem me pareceu bem fraco. Deu um recuo horrível que virou escanteio, tomou cartão amarelo para impedir o De Bruyne de entrar na área e sofria com o Mendy terrivelmente. O nosso lateral/ala francês tem problemas defensivos, demora muito para recompor, problema para o Guardiola solucionar, mas, para o inferno, com ele no ataque, o sujeito é um trator: passa por cima, ganha na velocidade, cria espaços e cruza certo, tanto que o quarto gol saiu de cruzamento preciso dele.

O lance que gerará o maior debate na partida foi a expulsão do Sané. Ele tentou buscar a bola com a ponta do pé e o Ederson saiu da área para limpar de cabeça, o nosso goleiro chegou antes e tomou um solada na cara. Até acho que ele não teve intenção ou maldade de acertar o Ederson, mas ele entrou forte e foi bela porrada na cara. Todo mundo que acompanha futebol já deve ter visto um jogador levar o vermelho mesmo quando a jogada não parecia intencional, o jogador foi errado na bola. Ederson, que fazia uma puta partida, nos salvou em chute de Salah quando ainda estava 1-0, teve que sair na maca e Claudio Bravo fez sua estreia na temporada.

O City fez o segundo gol, mas não valeu porque o Gabriel estava impedido. Não demorou muito e De Bruyne mandou novamente na cabeça do camisa 33 e antes do intervalo estava 2-0 e com um homem a mais. O terceiro saiu pouco depois de começar o segundo tempo quando Aguero mostrou que é um cara muito gente boa, ele ficaria livre frente a Mingolet, poderia repetir o mesmo drible, só que preferiu tocar para Gabriel marcar. Com esse placar e vendo que o adversário não mostrava reação, o nosso time tirou o pé e foi tocando a bola até achar brechas para tentar mais gols.

Chegou a eles quando Mendy acertou aquele cruzamento para Sané e próprio alemão fez o quinto num belo chute de fora da área.

Pelo o quê eu me lembro Mingolet ainda salvou um gol do Stones, um contra e um do Aguero, além de termos mais um anulado (Aguero dessa vez) por impedimento. Foi a primeira vez na temporada que o City fez mais de três gols num jogo, logo contra um time bem mais complicado. E essa história de que vencemos porque jogamos mais da metade do jogo com um a mais é simplificar e querer passar pano para o Liverpool.

Quando enfrentamos o Everton, estávamos perdendo de 1-0 quando o juiz, de maneira absurda, expulsou o Walker antes do intervalo. Lutamos, jogamos mais que eles e Sterling marcou o gol do empate, ainda tentamos virar o jogo. 

No final do jogo as câmeras focalizaram e Ederson tinha voltado ao banco com um esparadrapo enorme no lado direito da cara, na bochecha. Para mim, ele pareceu estar meio grogue, precisou de ajuda para se locomover. Não sei sei Guardiola iria usar aquele expediente de usar um goleiro na Premier League e outro na Liga dos Campeões, o jogador será melhor analisado nos próximos dias, veremos melhor o que aconteceu com ele e se tiver tomado ponto, Bravo deverá ser o titular na Holanda.

Chegaremos para esse confronto com moral lá em cima. Não tivemos nosso capitão e indiscutivelmente nosso melhor zagueiro, mas saímos do jogo sem levar gol. Mais tarde, é dar aquela secadinha para que o United não vença o Stoke City fora de casa.

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