A temporada 2010/11 está em seus momentos finais. A maior parte dos times só tem mais 10 jogos para alcançar seus objetivos, seja título, ficar na primeira divisão ou conseguir uma vaga em competições europeias.
O Manchester City entrou nessa temporada com uma grande expectativa, afinal era o time que tinha, e gastou, dinheiro em contratações. Na temporada anterior já tinha batido na trave para entrar no seleto grupo da Liga dos Campeões, mas perdeu a vaga para o Tottenham, em um jogo no seu próprio estádio.
Entramos na disputa pelo título da Premier League, apesar do objetivo oficial da diretoria tenha sido apenas uma vaga na maior competição europeia. Chegamos a colar na liderança, mas vacilamos em alguns momentos o que, infelizmente, não deram para recuperar. Empatar com o Blackburn e Birmingham em casa foram alguns desses momentos, são quatro postos perdidos. O Manchester City só não ficou, até a 29ª rodada, em 3 rodadas na zona de classificação para a Liga, isso levando em conta que essa deve ser a temporada mais disputada na Inglaterra nos últimos anos, que à do ano passado com certeza é!
Vamos aos fatos: os cinco primeiros colocados, por pontos perdidos, são Man Utd, Arsenal, Chelsea, Man City e Tottenham. Para eles terminarem com o mesmo número de pontos que os cinco primeiros terminaram na temporada passada, eles tem que ter aproveitamento de 87%, 85%, 73%, 57% e 57%, respectivamente. O do City e do Tottenham são os mais baixos, mas o time de Londres terá que jogar 3 vezes contra times na sua frente, teoricamente jogos difíceis. Todos esses times jogarão duas vezes, exceção aos Spurs, contra times desse grupo 5, jogos complicadíssimos e que alguém deixará pontos pelo caminho.
E para tornar ainda mais competitivo a Premier League, todos esses times ainda jogam pelo menos mais uma competição, fato que desgastará ainda mais os jogadores no momento de definição da competição.
E não é apenas na parte de cima da tabela que vemos que a liga ficou mais acirrada esse ano. No passado sempre teve um time que se desgarrava negativamente, era o saco de pancadas da competição. Derby County, Porstmouth, West Brom, etc...
Com o número de pontos que tem hoje, com 10 jogos por fazer, os três últimos da temporada 2010/11 precisariam de um, dois ou três pontos apenas para não jogar a próxima temporada da segunda divisão, não parece ser muito complicado né?
Com esse cenário de equilíbrio, o resultado do City, se alcançar mesmo a Liga dos Campeões, foi medíocre. O time tinha um dos melhores elencos do campeonato, a dúvida era se tinha elenco melhor ou pior que do Chelsea. Tinha condições de melhorar o elenco no decorrer do ano caso Mancini achasse que o elenco não seria suficiente para alcançar seu objetivo. Mas ao invés de contratar, apenas liberou jogador.
Em algumas partidas apenas 15 jogadores profissionais estavam em condições de jogo. Mancini sabia que o final da temporada seria a parte mais tensa, se o time continuasse nas competições de copa como havia sido planejado, mas continuou a liberar jogador.
Claro que podemos sair da fila com ou o título da Liga Europa ou da FA Cup ou, quem sabe, ambos, mas era possível ter ido mais adiante, lutar até o final pelo título do campeonato inglês, já mostrar a força para os adversários europeus.
Muita gente compara Chelsea e Man City, devido ao alto investimento de seus donos quando compraram os clubes, mas nunca levam como base as posições que cada time ficava na tabela antes das aquisições. O City era um time que lutava para não cair, o melhor resultado antes da chegada do Sheik Mansour era um 9º lugar, no ano anterior a compra. Já o Chelsea estava sempre lutando por vagas nas competições europeias, já atraia jogador e com dinheiro a disposição poderia contratar jogadores do nível de Champions League.
Espero fechar esse ano com a vaga e um título, mas futebol com vontade, raça seria interessante também. É irritante ver as atuações do time nas últimas partidas, para não haver interesse nenhum por parte dos jogadores, passam a impressão que estão lá contra a vontade. Por isso é preciso o time desenvolver logo os jogadores da base, é comum eles se importarem mais com o clube do que jogadores que acabaram de chegar, mas isso não é 100% certo também. Pablo Zabaleta e Nigel de Jong são excelentes exemplos de disposição e orgulho de jogarem pelo Manchester City.
Vamos lá, Mancini! Vamos colocar esse elenco para jogar e orgulhar seus torcedores, afinal com diz o novo banner dos torcedores, para mostrar sua paixão: “35 anos e ainda estamos com vocês!”
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