domingo, 2 de outubro de 2016

City sofre a primeira derrota na temporada.

Há jogos que queremos lembrar para sempre e existem aqueles que é melhor esquecer que aconteceram. Pelo menos os torcedores, porque o Pep e os jogadores terão que rever muito essa partida para entenderem o porquê da derrota para o Tottenham por 2-0, primeira partida sem marcar gol na temporada. Mesmo com a derrota o time continua na liderança da Premier League, agora com apenas um ponto de vantagem sobre o time o que derrotou hoje.

A derrota de hoje e o empate contra o Celtic fazem acender a luz amarela no Manchester City: será que o time atual é dependente do Kevin De Bruyne? Nas três vezes que ele não jogou nenhum minuto nessa temporada o City fica com um retrospecto de 1 vitória e essas duas partidas citadas acima. A vitória foi por 1-0 num jogo que não valia nada contra o Steaua em Manchester. Isso é preocupante.

Nos primeiros minutos da partida de hoje, o Tottenham nos marcou muito sobre pressão, a nossa saída de bola foi prejudicada e alguns momentos confusa. Mesmo com gente em cima dos nossos jogadores, o time evita dar bicões, isso é maneiro quando a coisa dá certo e nos livramos dessa armadilha. Só que quando isso não ocorre, é um tal de ficarmos roendo a unha a cada bola que é recuada para o goleiro. Essa tranquilidade com a bola nos pés do Bravo me irrita. Tem jogador chega muito perto dele, antes dele dar o passe.

O mais bizarro que além de não estarmos bem no começo do jogo, facilitamos a vida do Tottenham ao fazer um gol contra. Danny Rose e Kolarov, sozinho, foi cortar com a direita, se embolou e mandou de esquerda para o fundo das redes, acho que bateu na forquilha antes. Mais um jogo que o time não consegue evitar um gol, dessa vez foi fogo amigo mesmo. E a coisa poderia ter ficado pior ainda no primeiro tempo. Falar a verdade ficou, só que um pouquinho mais tarde.

Você pensa num time multinacional, jogadores de diferentes países não se entenderão, mas quando isso acontece com jogadores do mesmo país é para te deixar preocupado. Otamendi e Zabaleta deixaram a bola um para o outro e quase Lamela leva vantagem, o barbudo deu um toque de mão para tirar a bola, isso foi numa jogada na lateral. Para mim era passível de amarelo, juízes no Brasil dariam, o Marriner contemporizou. Pouco depois ele recebeu o amarelo em um falta frontal que Erikssen tirou tinta da trave na batida. O gato parecia cada vez mais que subiria no telhado.

O time não se acertava em campo, a opção de colocar Fernando como titular para descansar o Gundogan e deixar Fernandinho mais solto não deu certo hoje e não tínhamos o domínio do meio de campo. Wanyama e Sissoko era as forças reinantes nessa área. O Tottenham conseguiu fazer o segundo gol ainda no primeiro tempo. Em mais uma sequência que não ganhamos a segunda bola naquelas divididas.

Se lembram quando eu comentei como os nossos laterais fecham demais para o meio da área na hora de defender? No lance do segundo gol, o Zabaleta veio praticamente marcar o Kolarov na esquerda. Os Spurs merecem esse placar que foi levado até o final do jogo, podia ter sido maior caso Bravo não tivesse defendido pênalti de Lamela em falta de Fernandinho.

Tivemos pouquíssimas chances de gol. Aguero e Iheanacho tiveram algumas oportunidades que Lloris conseguiu evitar, mas não seria algo merecido para a gente. Tem que se parabenizar Pochettino e seus jogadores pela vitória justa e vamos olhar para a frente. Ainda somos líderes, seria muito difícil sermos campeões invictos. O campeonato dará uma parada nas próximas semanas e Pep terá que ver como o time dele pode reverter a ausência de De Bruyne se ela for muito prolongada.

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Informações da Partida:

4 comentários:

  1. O Tottenham fez o que o City vinha fazendo nos últimos jogos. Marcar pressão a saída de bola, time todo com muita vontade. E só com o Silva para organizar o time fica difícil mesmo. Pochettino foi muito bem mesmo, vitória merecida. E só pra constar. O Bravo me irrita pra cacete também com esse excesso de confiança pra sair jogando.

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    1. O Gundogan entrou no meio do segundo tempo para tentar armar o time também, mas dessa vez ele não fez muita coisa. Sterling foi mal e o Navas não tem condições de jogar em partida grande. Ele é para compor o elenco, faz uma jogadinha ou outra, não dá para esperar muita coisa dele.

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  2. Eu acho que o maior adversário do City nesse jogo foi o campo do White Hart Lane. Gramado parece muito pequeno, jogadores ficam todos muito próximos. E esse não é o estilo do Guardiola, que precisa de espaço, precisa afastar os jogadores adversários uns dos outros.

    Na saída de jogo mesmo, que foi muito fraca, o time não conseguia de jeito nenhum ter a amplitude, que dava opções ao Bravo, como sempre acontece em campos "normais".

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    1. Interessante esse ponto levantado e fui dar uma olhada nas dimensões, a fonte é a Wikipédia, então pode haver diferenças. Mas o WHL é realmente menor, tem 110 x 67 contra, a média e inclusive do Etihad, 105 x 68. São cinco metros quadrados a menos certo?

      Será que isso fez a diferença? Pq se fez, o City terá que ajustar aqueles campos de treinamento para cada jogo, nós fomos envolvidos na maior parte do tempo no domingo e o Guardiola também terá que pensar como sair dessa situação.

      Abs

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