Um passo de cada vez - Parte II

Mais uma passo foi dado , mas ainda há mais dois para acontecerem. Vamos com calma. Superamos sim o nosso maior desafio nessa reta final, só que Aston Villa e West Ham podem querer dar aquele abraço Amiiiiiigo nesse momento, vide QPR dois anos atrás.

Manuel Pellegrini começou o jogo com apenas uma alteração em relação ao último jogo, fez o revezamento entre Clichy e Kolarov, com o francês sendo o preferido hoje. Nosso maior fluxo de jogo no início da partida foi pelo lado esquerdo. Milner e Zabaleta eram poucos acionados e Aguero caia muito desse lado para jogar com Clichy e Nasri. Naturalmente o jogo era tenso antes da bola rolar, para a gente é claro, a torcida do Everton pouco se manifestou, tirar pontos do City significava entregá-los em Anfield, eles devem ter se remoído por causa disso.

Para sunir o "tensômetro", o Everton saiu na frente num golaço de Barkley fora da área, sem chance para Joe Hart. Eu acho que quem falhou nesse caso foi o Zabaleta, deu espaço para o meio de campo tentar o chute e ele foi muito feliz. A imagem seguinte ao gol foi Kompany batendo as mãos para chamar o time para jogo, ele não queria ver ninguém abatido, é o que tem que fazer um líder nessas horas.

O time da casa não se aproveitou desse gol, para falar a verdade, pouco chegaram no primeiro tempo. E o City queria a vitória e foi para cima com calma e inteligência, não ficou se afobando e conseguiu o empate, logo após. Sergio Aguero recebeu a bola na direita e chutou cruzado. No primeiro momento achei que tivesse ido para a fora, se o narrador não grita, eu estaria xingando o Aguero até agora. Felicidade pelo empate, decepção nos minutos seguintes.

Aguero voltou a sentir a contusão na virilha e teve que ser substituído. Durante toda a temporada, ele teve esse problema. Realmente não acho que ele irá jogar nas duas últimas partidas. Um jogo quarta e outro domingo. Essa lesão não irá se resolver assim, muito provável é o que veremos em ação só na Copa, no primeiro jogo da Argentina no Maracanã contra a Bósnia. E quando você pensa em Bósnia, qual é o primeiro nome que vem cabeça? Edin Dzeko!!!

O nosso número 10 virou a partida já perto do intervalo e deixou a gente relaxar por 15 minutos. Ele recebeu um passe e ficou em posição parecida com Aguero no lance do primeiro, mas Howard defendeu e eu xinguei a família toda dele. Só que Milner pegou o rebote e cruzou da direita, colocou com a mãos na cabeça de Dzeko, que testou com categoria para tirar do goleiro. Alívio. Que aumentou logo no começo do segundo tempo.

Fernandinho, que entrou no lugar de Aguero e Touré foi jogar mais a frente ( Mancini mode on), cruzou para Nasri, ele demorou uma eternidade para fazer a jogada e deve ter ficado com as orelhas quentes, só que a calma dele mostrou ter sentido. Ele cruzou com carinho e afeto para Dzeko marcar o segundo dele, o terceiro do City no jogo e seu 24º gol na temporada.

De novo, vou falar isso: com a chegada de Negredo, muitos criticaram o Dzeko e já imaginavam ele em outro time. Eu achava isso errado. O espanhol parece ter mais habilidade, mas o Dzeko não é nenhum perna de pau, ele faz gols em momentos muitíssimos importantes para a gente. Seria um desperdício vendê-lo. Nessas partidas finais, ele está provando seu valor e que devemos respeitá-lo.

Antes do terceiro gol, Joe Hart fez a defesa do campeonato que pode nos dar muito bem o título. Ele teve que encarar Naismith cara a cara e quando o atacante chutou curvado, ele com as pontas dos dedos mandou para corner! Que defesa foi essa meus amigos?! Para enlouquecer a torcida que viajou até Liverpool e os restantes distribuídos no planeta.

Houve um momento de calmaria com o Everton trocando bola sem objetividade, sem ameaçar novamente o gol de Hart. Mas eles fizerem o segundo, é adrenalina começou a jorrar nas veias. Baines cruzou da esquerda, mais uma vez Zabaleta não marcou em cima, e Lukaku cabeceou para o gol. A bola ainda bateu na trave antes de morrer do outro lado do gol. A partir desse momento só deu Everton. Ficamos todos recuados.

Pellegrini mexeu com a entrada de Kolarov no lugar de Yaya, a modificação estava pronta para acontecer antes do gol. Não sei se foi problema físico ou o técnico resolveu não alterar a substituição. Com o gol aos 64 minutos, foram mais 26 minutos de nervosismo acrescidos aos 6 minutos, muitos desses devido a uma lesão de Dzeko no ombro que os médicos nem a maca entravam em campo.

O time aguentou a pressão, Hart teve que fazer mais uma defesa para impedir o empate. David Silva, que claramente não tem 100% de condições de jogo, teve que entrar porque era preciso termos um cara para segurar a bola na frente e ele fez isso com muita qualidade e propriedade.

Aos quase 97, Lee Probert apitou pela última vez e os jogadores do City se abraçaram no final do segundo. Mais uma batalha foi ganha, todas sabem disso, mas a guerra ainda não. No papel são dois jogos fáceis. Só que devemos entrar em campo querendo ganhar o jogo, não pensando que venceremos a qualquer momento. A torcida tem que fazer se tornar um caldeirão esses dois jogos finais. É apoiar o time nos 100 minutos que o jogo tiver.

Hoje temos o mesmo número de pontos, jogos e gols prós que o Liverpool, com uma defesa menos vazada que os Reds, lideramos no saldo de gols. Deverão tirar 11 gols para pensar em título em dois jogos. Estão pressionados e irão jogar contra um Crystal Palace que nas últimas rodadas só perdeu para a gente e que tem melhor defesa que eles. Vamos ver se Gerrard e Cia tem cabeçara para isso.

Dependemos apenas de nós. Vamos comemorar hoje e focar na próxima quarta feira. Esse é o objetivo, esse é o lema " Um passo de cada vez".

Ah, custa nada secar o Chelsea e o Liverpool nessa rodada.

Melhor em campo:



Informações do jogo: