terça-feira, 27 de maio de 2014

Caso Yaya Touré

Local: Manchester, Inglaterra. Cenário: escritório administrativo de um clube de futebol. Personagens: presidente do clube e um dos melhores jogadores do clube, aqui chamados aleatoriamente de Khaldoon Al Mubarak e Yaya Touré. Ambos trocam cumprimentos e se dá início ao diálogo.

Yaya Touré: Presidente, gostaria de conversar sobre um novo contrato.

Khaldoon: Yaya, seu contrato vai até 2017.

YT: Sim, eu sei. Mas gostaria de uma melhora nesse atual contrato visto que a minha temporada foi excelente, fiz tantos gols, ajudei o time a avançar na Liga dos Campeões e conquistamos dois títulos.

KAM: Eu entendo. Só que esse contrato nós já achamos bastante lucrativo para você e quando terminá-lo você já terá 34 anos.

Final da cena.

Tudo isso é hipotético. Não se sabe o que aconteceu entre Manchester City e Yaya Touré para que o marfinense começasse a falar sobre um suposto desrespeito do clube com ele. A primeira hipótese que vem na minha cabeça é sobre negociações contratuais. O City não deu o que o Yaya queria e ele e seu procurador jogaram coisas na imprensa para tentar mudar isso. É o truque mais velho do mundo, usado tanto por jogadores como clubes.

Não tenho nada contra uma pessoa busque melhorar a situação salarial dela. Todos gostariam de ir ao seu chefe e pedir aumento. Produtividade o Yaya mostrou, ele é considerado um dos melhores jogadores do mundo na atualidade. Pode ganhar 200 mil, mas gostaria de 300 mil, é direito dele. Mas ele tem que saber negociar e não aparecer com justificativas bestas para mudar isso.

Falar primeiro sobre falta de parabéns, depois que não tinha foto dele ao redor do clube e centro de treinamento é idiotice. Usar a imprensa para especular saída para outros clubes não é o ideal, mas isso acontece em vários casos, não é novidade. Seria bem melhor sentar com a diretoria logo para acabar com esse clima que está criando entre os jogadores.

Longe de mim considerar isso como um caso igual ao do Tevez. Aquilo ali foi um desrespeito direto ao clube, torcedores, treinador e jogadores. No meio de uma partida se recusar a aquecer e fugir do clube no meio da temporada. Com o Tevez eu fiquei muito puto, com o Yaya ainda não me incomodei, espero que isso se solucione logo, com desfecho favorável para o City.

Filho de peixe, peixinho é.

Hoje foi divulgado um texto numa rede social de uma diretora do Comitê Organizador Local mostrando como pessoas estão bem preparadas para trabalhar em grandes eventos no Brasil, se o texto é original ou não, pouco me importo. O importante foi que ela o endossou ao usar a sua conta para publicá-lo. O nome da criatura é Joana Havelange, neta de João e filha de Ricardo Teixeira. 

Essas duas pessoas são personagens centrais de um livro mundo bom sobre os bastidores da FIFA chamado Jogo Sujo. Vale a pena ler. E tem a sequência dele que saiu agora no mês de Maio: Um jogo cada vez mais Sujo.

Esse eu já comprei, mas estou torcendo para os correios não entrarem em greve para poder logo. Tomara que seja tão bom quanto o primeiro.

Texto retirado do Instagram de Joana Havelange

Primeiro livro sobre a sujeira na FIFA

Sequência do livro

2 comentários:

  1. Eu estou bem puto. É foda quando o jogador começa a achar que é o dono do time. Yaya é um puta jogador um dos melhores do mundo mesmo, mas se tiver que sair paciência. Espero só que quando acontecer ele saia pela porta da frente.

    Muito bom mesmo o livro, estou terminando de ler, e não sabia que tinha uma "continuação". Vou comprar.

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  2. Não sei se não estou tão puto porque estamos de férias no futebol inglês ou se não me importo tanto assim msm.

    Chegou a "continuação" hoje, estou nos primeiros capítulos, foca muito no Brasil e eu quero saber qual é a ligação entre a tentativa de assassinato de um bicheiro aqui no RJ e a FIFA.

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