Esse será o último post sobre o Balanço do City nessa temporada. Dessa vez o foco será a divisão de base, como foram pouco aproveitados e de jogadores que poderão ser tornar estrelas do time profissional do Manchester City nos próximos anos.
Desde da aquisição e mudança de objetivos do City, não foi possível dar tantas chances para os jovens da base do time e mesmo com os objetivos sendo alcançados, nós não vemos eles terem oportunidades, a maior parte acaba emprestada para times de divisões menores. Há algum tempo eles poderiam alcançar o time profissional mais facilmente, hoje em dia, com a competição tão acirrada com jogadores de tanta qualidade, muitos irão tornar-se profissionais do futebol em outro time, bem provavelmente em times da segunda e terceira divisões.
Nessa temporada apenas dois jogadores tiveram o gosto de fazer a estreia pelo time principal, até o momento: Jeremy Helan e Marcos Lopes. O primeiro está com 20 anos foi emprestado ao Sheffield Wednesday da segunda divisão e tem participado dos jogos. Já o português é mais novo, 17 anos, e faz parte do time EDS do City, mas já foi escolhido por Mancini para completar o banco quando houve necessidade.
Mais três jogadores da base entraram em campo esse ano: Abdul Razak, Karim Rekik e Denis Suarez, isso sem contar o Micah Richards, único jogador sobrevivente da base do período de vacas magras. Mas se somarmos todos os minutos dos cinco em campo, não devem passar de 180 minutos. Muito pouco para podermos observá-los. Talvez isso possa mudar nos jogos finais da Premier League, se o time conseguir se classificar logo para a Liga dos Campeões.
Razak e Suarez estão no City, o marfinense participa do time principal e o espanhol joga partidas do time EDS, o que pode estar atrapalhando o desenvolvimento dele porque com 19 anos, eu entendo que já era para ele estar participando do treino de um time profissional, não necessariamente do City, ele poderia ser emprestado para ganhar experiência que não terá nessas partidas de base, como acontece com o Rekik.
O holandês é capitão da seleção da sua faixa etária e está no segundo empréstimo em um time da segunda divisão, dessa vez com o Blackburn. Ele foi muito bem no anterior e parece ter futuro no clube, ainda mais com as mudanças que irão acontecer na nossa zaga após o final da temporada e ele deverá ser bem aproveitado pelo Mancini.
Outro jogador que pode ter futuro no City é o atacante John Guidetti. Quando foi emprestado para o Feyenoord em 2011, ele teve uma média de gols de quase um por partida, 20 em 23 partidas. Tudo bem que a liga holandesa é mais fraca, mas foi bem. Jogadores como Van Persie, Ibrahimovic e Luis Suarez jogaram na mesma liga e tiveram médias parecidas com a do Guidetti. O problema que antes do final dessa temporada na Holanda, ele sofreu um problema sério na perna e está voltando agora a jogar.
Ele atua no time EDS para ganhar ritmo de jogo e parece que o nível dessa competição está abaixo dele. Em três partidas, ele já foi as redes 4 vezes. Amanhã terá um jogo contra o Crystal Palace, tem boas chances de marcar, isso se Mancini não quiser aproveitá-lo na partida de sábado contra o Newcastle.
A base do City ainda tem um grande caminho para trilhar. Nas duas principais competições que nós jogamos, NextGen Series e Premier League sub 21, o time está muito atrás dos seus rivais. No torneio europeu caiu na primeira fase pela segunda temporada consecutiva e no inglês está na quarta posição do grupo da repescagem. Já li que a gente joga essas competições com jogadores de idade bem inferior ao limite, pode ser essa a nossa dificuldade.
Há um plano na diretoria para o desenvolvimento dos próprios jogadores e falam que a dupla de gestores que veio do Barcelona ajudará nesse trabalho. O processo já começou com a contratação de jogadores de várias nacionalidades e para 2014-15 a Academia de Futebol do City será aberta, com a expectativa de se tornar um centro de excelência para formação de jovens talentos.
Se tivesse que fazer uma previsão de jogadores que irão vingar no City, eu apostaria no Rekik e Guidetti. Tenho quase certeza que o sueco será usado como terceiro ou quarto atacante na próxima temporada. O Razak não parece que adiciona muito no elenco e o Suaréz, se não for utilizado rapidamente, vai se emputecer e procurar outros ares. Ele já deu uma entrevista dando essa deixa.
Marco Lopes e Jose Pozo, um meia espanhol criativo, ainda tem um tempo de base antes de pensarem em se tornarem habitueis do time principal. E 95% do elenco atual da base nunca usará a camisa do City em partidas profissionais. Quem sabe essa minha expectativa não mude no futuro e o Manchester City entre em campo com 100% de pratas da casa.
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