Milner salva City da derrota.

Mesmo jogando em casa contra um time na zona do rebaixamento, o Manchester City não conseguiu vencer e viu o Chelsea abrir mais dois pontos na liderança do campeonato inglês. O time só empatou nos acréscimos numa bela cobrança de falta de James Milner.

Eu achava que após o jogo contra o Chelsea, quando jogamos melhor que os líderes e mandantes daquela partida, iríamos construir um momento de vitórias para retornar a briga pelo título inglês, mas a apatia que vi hoje em campo me deixou com uma perspectiva ruim para o restante do campeonato. Aquele post que eu fiz sobre a Liga dos Campeões pode não valer de nada, afinal estamos mais perto da Liga Europa do que o título inglês: 6 pontos contra 7.

Eu entendo que hoje o time que entrou em campo era o time que Pellegrini gostaria, e eu mesmo, de ter sempre a sua disposição, com a clara volta de Yaya Touré no lugar do inoperante Fernando. Mais um jogo sem o marfinense, mais um jogo sem vitória. E acho que não deverá jogar contra o Stoke City na quarta feira também. A final da Copa Africana de Nações deve terminar depois das 21 no horário de Londres, até chegar em Manchester é terça feira a noite ou quarta mesmo. Deve voltar ao time apenas contra o Newcastle no dia 21.

Perder num jogo que o time ficou martelando, transformou o goleiro adversário em melhor em campo e tomou um contra ataque acontece no futebol, não é raro, mas o City só teve a posse de bola e mais nada. Mesmo com dois armadores, Silva e Nasri, a nulidade de criatividade foi o que reinou no time hoje. E a defesa está num nível muito baixo, a dupla formada por Kompany e Demichelis, a minha preferida, está fazendo trapalhada a torto e a direito. Nesse jogo foi a vez do argentino.

Primeiro num recou no fogo para o Hart que quase o atacante do Hull rouba a bola. Antes da lambança do gol, tomamos uma bola no travessão e não tínhamos chutado uma única vez de verdade ao gol do McGregor. No lance do gol o time facilitou a vida dos visitantes.

Primeiro parece que Hart e Demichelis bateram cabeça porque o goleiro iriam sair para pegar a bola no chão e o zagueiro resolveu cortar, mas não foi um bom corte, jogou para a nossa intermediária no pé de um jogador do Hull. Esse aí bateu, mas o Hart conseguiu salvar e a bola sobrou para mais um jogador do Hull, Gastón Ramírez, que ganhou em duas divididas da gente.

Primeira dividida foi algo que eu posso chamar de irresponsável por parte do Fernandinho. A bola no alto e ele quis tirar de calcanhar que explodiu no peito do Ramírez. O time estava mal, já tinha sofrido um susto por que não fez o sério, meteu um bicão ou apenas ficou na frente no jogador para ganhar a bola? Depois o Zabaleta foi dividir e chutou em cima do uruguaio, a bola bateu na trave e voltou para Meyler fazer o gol. Uma sequência de erros nossos. Enquanto escrevo, vi o lance do gol novamente e a cagada começa com o Aguero lá na frente que joga como um zagueiro para cortar nosso ataque. E o Fernando toma um drible de corpo, coisa primária no futebol.

Ou seja, resolvemos facilitar a vida do Hull desde o nosso ataque até a nossa defesa, foi quase estender um tapete vermelho para eles.

No segundo tempo, eu acreditava que o time iria dar aquela revigorada com a entrada de Navas no lugar do Fernando, mas o primeiro chute realmente com perigo foi aos 54 em que McGregor conseguiu salvar um voleio de Dzeko para escanteio, que convenhamos e uma total perda de tempo para a gente. Já existe uma conta para acompanhar quantos escanteios serão necessários para a gente marcar desse jeito.

O problema do escanteio não é simples. Se ao menos tivéssemos ganhando a bola no alto e só não conseguimos colocar direção, seria ruim, mas oferecia perigo. Só que não me lembro de acharmos algum jogador nossa na área, são todos cortados pela defesa e o contador de escanteios fica girando.

Milner entrou no lugar de Dzeko, mas também não foi aquela mudança que pensei que "agora vai", o time pouco produzia e o Hull nos irritava com a cera e Hart não sofria perigo. Jovetic substituiu David Silva e provou porque está fora da lista do Liga dos Campeões. Não contribuiu em nada em campo e perde bolas muito facilmente.

Nos momentos finais o Aguero despertou um pouco do estado de letargia que ele e o time se encontravam, não sei como foi escolhido o melhor em campo pelo PVC, deve ter sido pelo nome. Primeiro num belo passe do Nasri, matou a bola de direita e de esquerda explodiu no travessão. E a falta que Milner cobrou para o gol foi originada numa arrancada dele. Mas foi só. Muito longe daquele Aguero do começo arrebentador da temporada.

Até outro dia o Barcelona estava em crise e o City vinha de muitas vitórias, parecia que o jogo dessa vez na Liga dos Campeões seria mais equilibrado. Desde o sorteio até hoje, as coisas se inverteram e tenho medo que o Barça passe o carro por cima da gente ainda mais que o primeiro jogo não teremos Yaya Touré mais uma vez. Será tenso esse confronto.

Fernando e Fernandinho não irão dar conta do recado. O Fernandinho fez no mínimo 4 faltas hoje, levou cartão amarelo e pouco ajudou o time na criação, já o Fernando tem dificuldade de acertar passes, alguns bem simples, e não é combativo do jeito que eu esperava para a posição dele. Começo a achar que a contratação dele foi uma venda casada para o Mangala ser contratado, finge que o valor dele é de 12 milhões, mas na verdade é de 2 e a diferença para liberar o zagueiro francês para a gente. E no momento fizemos dois péssimos negócios.

Entretanto somos os Citizens, as Premier Leagues que vencemos mostra que não podemos desistir até a última rodada. Mas se por acaso formos campeões, não tem uma temporada que faremos isso de uma maneira mais fácil, sem tanto sufoco?

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