City perde, mas Hart deixa o time vivo.

Mais uma vez enfrentamos o Barcelona nas oitavas de final da Liga dos Campeões, mais uma vez levamos dois e mais uma vez tivemos um jogador expulso. Em todos nossos jogos na nossa história de oitavas de final, sofremos dois gols, terminamos com 10 e derrotados pelo Barcelona. O placar terminou 2-1, com Aguero descontando. Jogo de volta será dia 18 de março no Camp Nou.

Eu vejo muita discussão sobre o esquema utilizado pelo Manuel Pellegrini nesse jogo, ele entrou com 4-4-2 com Dzeko e Aguero no ataque. Quando fiz meu pré jogo, eu achava que seria mais interessante jogarmos num 4-5-1 com apenas Aguero no ataque. Ele preferiu entrar desse jeito e não culpo o esquema pela derrota. Quem viu o jogo pode notar que após o intervalo com o mesmo time em campo, o City cresceu na partida.

Eu acho que o importante não é o esquema, mas sem a vontade de jogar e o respeito que tivemos do Barcelona. Meu único questionamento na escalação inicial foi Fernandinho perder a posição para o Fernando, ele é muito fraco, lento e não sabe passar. E para falar a verdade nem a marcação dele é tão especial assim. Várias vezes ele queria ir marcar lá na frente, mais na frente que o Silva e o Nasri e ficava um buraco atrás.

Ao final da temporada, alguém terá que responder o porquê da contratação dele. Eu insisto na ideia da venda casada com o Mangala, ainda mais que ele poderia ter assinado de graça antes com a gente, mas por uma ideia louca que poderia ser convocado pro Brasil ou Portugal, ele assinou um novo contrato com o Porto e tivemos que desembolsar £ 12 milhões para ele ser nosso cão de guarda.

O primeiro gol saiu de um azar, para alguns erros de Kompany. O Suárez raspou de cabeça e a bola bateu na cabeça do zagueiro para ficar a vontade para o uruguaio. 1-0 e desânimo do estádio que estava bem diferente de outras partidas. O segundo gol que foi brincadeira.

Tinham vários jogadores nossos na área, mas ninguém marcava ninguém e o cruzamento do Alba achou Suárez livre para fazer o segundo e dar aquela ducha de água fria na gente. Fomos para o intervalo e a porrada deve ter rolado lá dentro porque no começo do segundo tempo, crescemos e tivemos oportunidades como a de Dzeko sem marcação na pequena área e recuar para o goleiro. Ou o lance de Aguero em chute cruzado.

A entrada de Fernandinho mudou ainda mais essa postura. Em um passe sensacional, ele achou Silva na entrada da área que num leve toque deixou a bola para Aguero chegar que nem um raio, tirar dois zagueiros e marcar o nosso gols. Era uma nova esperança.

Só que aí a tradição falou mais alto: tínhamos que jogar com 10 contra o Barcelona. Numa jogada que eu entendo que dava para o juiz contemporizar, Clichy, que roubou a bola de Messi no lance do nosso gol, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. Mesmo se não tivesse sido não poderia jogar a partida de volta por causa do primeiro cartão.

Depois disso não teve mais chance para gente e Zabaleta foi mal contra Messi e cometeu um pênalti. Ainda bem que Hart foi sensacional para defender a cobrança e Messi excelente para mandar um peixinho para tiro de meta.

Não foi o resultado que esperávamos. Tenho certeza que podemos jogar mais bola ao longo dos 90 minutos, mas estamos vivos no confronto. Para começar: tomar um gol lá não é o fim do mundo, 1-0 para o City, a gente não fica com a vaga. Então, se sofrermos o gol, não é cair no chão e chorar. É colocar a bola no meio e tentar marcar dois.

E o melhor de tudo é que teremos a volta de Yaya para o meio de campo. Só de tirar o Fenando de campo a gente já ganha muito, e se colocarmos o melhor jogador africano e capitão do time campeão da Copa da África mudamos completamente de patamar.

Fiquem putos a vontade hoje, vocês tem direito. Mas a partir de amanhã é pensar no Liverpool e jogo a jogo até chegar o dia da volta em Barcelona.

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