sábado, 5 de outubro de 2013

Vitória e alívio em Manchester.

Com o primeiro gol do jogo sendo marcado pelo Everton parecia que aquela semana terrível com três derrotas estava logo ali para acontecer. Felizmente o empate saiu logo e o Manchester City conseguiu virar a partida para vencer por 3-1. Quarta vitória em quatro jogos no Etihad, enquanto fora de casa só temos um ponto. O campeonato parará por 2 semanas para jogos da data FIFA, nosso próximo compromisso será contra o West Ham fora de casa, numa sequência de quatro jogos longe de Manchester. Os autores de gol foram Negredo, Aguero e gol contra de Howard.

Pellegrini manteve Hart como seu goleiro titular, mas substituiu boa parte do time que havia começado contra o Bayern. Não dá para saber se jogador X, Y ou Z foi tirado do time titular, pareceu mais um rodízio ou mesmo um proteção do técnico, caso fizesse apenas uma mexida, poderiam usar esse jogador que ficou de fora como bode expiatório. Hart foi mais seguro hoje. O gol não foi culpa dele, o Lukaku entrou cara a cara e bateu cruzado, não foi um chute perfeito, mas a proximidade dificulta uma defesa. Concordo com o comentarista da ESPN quando fala que o Hart está com a mão mole, no primeiro e terceiro gol do Bayern, ele poderia ter feito melhor. A nossa sorte que não foi preciso muito tempo para empatarmos e voltarmos ao jogo.

Yaya deu um grande passe para Negredo ficar sem marcação apenas com Howard a sua frente e com um toque com lado externo do pé, empatar a partida. O time ainda teve mais algumas chances, principalmente com Aguero, para virar a partida. Numa delas foi numa jogada ensaiada de falta que deixou a defesa do Everton perdida, mesmo assim Aguero não marcou. Essa é uma diferença entre o time de Mancini e Pellegrini: há jogadas ensaiadas de bola parada. Não foi a primeira vez em falta e algumas vezes acontece de escanteios serem cobrados na primeira trave para o Kolarov. Foram criadas oportunidades, mas gols ainda não. Conseguimos virar ainda no primeiro tempo.

David Silva voltava ao time titular após longo período fora por lesão e tocou uma bola perfeita para Aguero ganhar na corrida de Distin para bater cruzado. No papel essa chance foi mais difícil que as outras que o argentino teve, só que apenas essa entrou. Na comemoração do gol, você via o alívio. Eu acho o estilo de jogo do Aguero lembra do Romário, mas o baixinho não perdia tanto assim. Esse gol foi pouco antes do intervalo, é uma banho de água fria para qualquer time que sofre isso.

Ainda no primeiro tempo perdemos o capitão Kompany, mais uma vez por lesão, são seguidas e longas, e Nastasic entrou no seu lugar com a defesa sendo reajustada movendo Lescott para a direita e o sérvio fazendo seu papel na esquerda. Se essa nova contusão for longa de novo e Demichellis ainda não estar pronto para voltar, podemos ter uma batalha entre Richards e Garcia para compor o lado direito da defesa. Não me agrada, acredito que nem a Pellegrini, contar com Lescott e Nastasic na zaga. Nada contra dois canhotos, mas o time fica exposto com esses dois.

No segundo tempo foi a vez de Kolarov ter que sair de campo, Clichy entrou no seu lugar, por contusão. O jogador do Everton empurrou ele contra Nastasic e ele cortou feio o supercílio. Pellegrini não quis esperar para saber se ele poderia voltar a campo e preferiu o substituir. Fez certo. O jogo estava apenas em 2-1 a nosso favor, não valia a pena arriscar e ficar com 10 no aguardo do Kolarov voltar.

Conseguimos marcar o terceiro após um pênalti em Zabaleta, que mais tarde no jogo também sangrou, mas esse é duro na queda, que foi bem mandrake. Teve um no primeiro tempo do Nastasic no Lukaku que foi mais pênalti para mim do que esse no nosso lateral direita. Aguero assumiu a cobrança, bateu fraco no canto esquerdo de Howard que empurrou a bola contra a trave e ela voltou nas suas costas. Para mim isso é gol contra, se ele não tivesse ali no rebote, a bola não entraria.

Após o terceiro gol o time controlou a partida e teve a oportunidade de fazer o quarto com Nasri, substituiu o Aguero, mas o goleiro fechou o ângulo. Pessoalmente, acho que jogamos melhor ofensivamente contra o Aston Villa, eramos para termos ganho com facilidade, entretanto falhamos continuamente na defesa naquele dia. Hoje não foi a nossa melhor atuação, só que saímos com a vitória. Coisas do futebol. Agora é secar os adversários.

MELHOR EM CAMPO

6 comentários:

  1. Vitória boa contra o Everton, pedra no sapato do City. Vitória boa para o Pellegrini, para a continuidade do trabalho. Mas os problemas continuam. O sistema defensivo apresenta grande insegurança. Falhas sucessivas de zagueiros e do goleiro indicam time exposto. Fernandinho parece o cachorro correndo atrás do carro. Está sempre atrasado na marcação. Ele não é primeiro volante. Acho que deveria ser adiantado o Yaya, para colocar alguém (um 1º volante mesmo) ao lado do brasileiro.

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  2. Também acho que a defesa fica muito exposta sem um cão de guarda para protegê-la. Por mais que queira, o DNA do Fernandinho não o permite ficar 100% do tempo posicionada a frente da defesa, o único homem no elenco para fazer isso é o Javi Garcia, que não me passa muita confiança.

    Acho que o Pellegrini não vai abrir mão de um meio campo mais habilidoso para proteger a defesa. Talvez na cabeça dele, ele entende que conseguirá manter o Fernandinho mais preso para ter uma melhor saída de jogo.

    O problema que o time é bem de lua. Em 3 jogos em uma semana, só tomou 1 gol e de bola parada frontal ao gol, nos três jogos seguinte tomou 7 gols. Acho que o time marcando muito a frente e sem um cão de guarda, várias vezes os adversários só terão a dupla de zaga pela frente.

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    1. Pois é, também acho que ele não vai mudar. Mas talvez isto signifique um City não tão competitivo nesta temporada, já que é começo de trabalho dele. E ele que aguente a pressão...

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    2. Acabou a rodada agora e o City está apenas três pontos atrás. Para mim está ótimo porque os outros times, como Liverpool e Arsenal, estão bem mais ajustados e nem dispararam. Todos que estão a nosso frente, teremos ainda os dois jogos.

      O City do Pellegrini pode acabar sendo igual ao Barcelona da época do Ronaldo Fenômeno: fazia gol a vera, mas sofria também outros tantos. Só não lembro se eles ganharam alguma coisa.....

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  3. Garcia tem que entrar nesse time. Longe de ser um craque, mas é o único que pode fazer a função de cão de guarda ali no meio, e na minha opinião não deve nada pro De Jong quando jogava por ali. Eu sacrificaria o Fernandinho mesmo, mas duvido que isso vá acontecer. 40 milhões, pesa na hora da escalação.

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    1. Discordo na comparação entre Garcia e De Jong, acho o segundo melhor jogador. Se tivesse que escolher entre um dos dois para meu de pelada, era o De Jong com sorriso de orelha a orelha.

      Você está certo quando fala nos 40 m. Se o Pellegrini colocá-lo no banco, a diretoria vai olhar e perguntar se é preciso ter um jogador de 40 m no banco, não poderia ser um de "só" 25.

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