Foi noticiado na semana passada que o proprietário do Manchester City, Sheik Mansour, aumentou o investimento no clube como um todo ao comprar mais um lote de ações estimado em £ 80 m ( R$ 216m). Mansour já possui 100% das ações do clube desde que comprou os restantes 10% do último proprietário, mas o clube emitiu, mais uma vez, um lote de ações. O Manchester City continua zerado em relação à dívidas com seu dono, já que toda a dívida é convertida em ações.
Com esse novo investimento, o gasto da realeza de Abu Dhabi com o time de Manchester passou de £573 m (R$ 1.5 bi) desde a compra em 2009. Mais uma vez o City se torna o centro das atenções devido à entrada em vigor dentro de pouco tempo do Fair Play Financeiro (FPF).
Segundo Gary Cook, "a intenção do clube é se adequar às novas regras da UEFA. Nosso plano de 2 anos é fazer um orçamento e ser capaz de competir no mais alto nível, sem esquecer que temos que ter sucesso em todas as partes do nosso plano, não apenas no campo. Nosso trabalho está nos agradando e não iremos com a mesma força nas próximas janelas de transferência. Nós estamos consientes do FPF, conversamos sobre isso em todas as reuniões e faz parte do nosso plano de longo prazo."
O maior problema do City no momento é a conta "amortização", o fato do clube investir pesado em jogadores antes da entrada em vigor do FPF não faz diferença. A conta "amortização" está alta por causa da contratação de grandes jogadores por altos valores. Para se chegar ao valor anual que o jogador "se deprecia" levasse em conta a duração de seu contrato ( no último ano o jogador terá valor zero de revenda) e quanto foi gasto em sua contratação. Por exemplo, David Silva custou £ 26 m e tem 4 anos de contrato, amortização anual de £6.5m.
Na última temporada, a conta amortização era equivalente a 57% da receita do Manchester City (receita recorde de £ 125m). Com a vinda de mais jogadores e apenas a saída de Robinho está conta ainda deve subir (apenas Roque Santa Cruz deve seguir os passos do brasileiro e sair do City).
A conta "salário" também deve subir, o que atrapalha o plano financeiro do time. Ano passado alcançou £ 133m e esse deve passar de £ 150m. A conta do déficit deve fechar em £ 125m levando-se em conta despesas de £ 250m e receita do último ano de £ 125 m. Mesmo com os £ 25m da uma provável Liga dos Campeões, o número ficaria em £ 100 m negativo. Conta tão no vermelho não permitiria o clube participar de competições européias.
E um possível subsidío das empresas ligadas ao ADUG não seria tão fácil porque a UEFA criou o chamado valor justo de mercado das marcas, um fator que favorece grandes times que já tem marcas globais, que valora quanto a marca do clube realmente vale.
Vai ser uma luta díficl para equilibrarmos as contas, mas muitos times grandes estão nessa mesma posição e veremos como a UEFA vai se portar caso um Barcelona, Real Madrid, Chelsea e Utd não alcançarem os padrões impostos pela entidade de futebol européia.
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