Agora sobre o Post de Convidado. Há algumas semanas comentei com o Luciano (https://twitter.com/lucianopintosp) se ele queria escreve um post sobre o City antes de 2008, mostrar que já havia um clube antes do sheik, e resultado está aí embaixo. Quem sabe no futuro teremos mais Post de Convidado:
Manchester
City e sua existência antes de 2008: Retomada de rumo.
Importante
conhecermos a história do Manchester City para tentarmos entender o clube de
hoje. Apesar das mudanças trazidas pelo investimento árabe, o clube manteve
suas características (para o bem e para o mal). E é preciso entender que sem
1999, por exemplo, não existiria 2012.
Também
importante conhecermos a história do clube diante da pobreza de informações a
respeito do City aqui no Brasil (TV, internet e jornal), que chega a ser
risível em muitos casos.
Importante
sabermos, por exemplo, que antes de 2008 o Manchester City já foi, sim, um
grande clube da Inglaterra, vitorioso e rico (sofrendo, inclusive, sansões
técnicas e financeiras por sua atuação agressiva em relação às contratações e
pagamentos de salários aos jogadores, em tempos em que não tínhamos o Fair Play
Financeiro rondando os clubes), e que a chegada do Sheik Mansour significou
apenas uma nova etapa na vida do clube, mas não a salvação de um clube
medíocre, como alguns alegam.
Bom,
em relação à existência do City antes de 2008: No anos 60, 70 e início dos
anos 80 o City fazia um bom papel em campeonatos nacionais e internacionais.
Foi campeão inglês em 1968, da FA Cup em 1969 e da Copa da Liga Inglesa em
1970. Conquistou um título internacional (Recopa de 1970). Foi campeão da
Supercopa da Inglaterra em 1972, foi vice da Copa da Liga Inglesa em 1974 e
novamente campeão desta competição em 1976, contando ainda com um 2ª lugar da
1º divisão em 76/77, além de participações com algum destaque na Copa da Uefa
no final dos anos 70, como uma vitória de 3 x 0 contra o Milan no Maine Road,
em dezembro de 1978.
Neste
contexto chegou em 1981 para a disputa da 100ª final de Copa da Inglaterra (ou
seja, uma edição especial) contra o Tottenham. O City possuía um time bom e
caro. E o mais importante: chegou para esta final como um dos cinco ou seis
grandes times do país. Inclusive o fato de que dois grandes times estavam
disputando aquela final especial foi comemorado pela mídia inglesa da época (a
saber os grande times da época: Everton, Liverpool, Manchester Utd, City,
Arsenal e Tottenham) O City jogou bem a final, foi valente, mas acabou
perdendo.
Mas
o fato é que tudo mudou a partir de 1982, em razão dos erros da gestão do
presidente Peter Swales, que levaram o clube à quase falência, e à decadência
dentro do cenário do futebol da Inglaterra (muitos torcedores do City indicam
que a venda de Trevor Francis em 1982 para a Sampdoria foi momento de derrocada
do City como instituição). Aliado a isso, um cenário de recessão do país nos
anos 80 e o colapso da indústria de Manchester ajudaram a piorar a situação
financeira do clube.
A
partir daquele momento o City virou um clube "io-io" (foi rebaixado 5
vezes no período 1982 a 2001), chegando ao pior momento de sua história na
temporada 1998-99, disputando a 3º divisão.
Além
de mergulhar em uma grave crise, hoje percebemos que outro problema atingiu o
Manchester City neste período de 1982-2008: um parcial desaparecimento da
história do clube.
Em
sua história de 1894 em diante o Manchester City regularmente conquistava
títulos nacionais. A exceção é este período de 1982 a 2008. O azar do City é
que justamente neste período tivemos o surgimento das grandes transmissões e
coberturas de televisão, rádio e jornal a respeito de futebol, com mega
produções e grandes investimentos para o ramo de entreterimento esportivo.
E
neste contexto de cobertura massiva estava o Manchester City caindo pelas
tabelas. Neste período, o máximo que o City conseguiu foi um vice-campeonato da
Full Members Cup, na temporada 85/86, dois quintos lugares na 1º divisão, 90/91
e 91/92, além de brilharecos em Copas da Inglaterra e algumas vitórias
históricas sobre o rival vermelho.
Ou
seja, no período do surgimento de uma maior visibilidade do futebol inglês
(nacional e internacionalmente), o Manchester City, convenhamos, era uma
porcaria.
Mas
sim, o City existia antes de 2008, e não como um mero clube coadjuvante que
entrava em campeonatos nacionais para não ser rebaixado. É preciso entender que
o período de 1982 a 2008 é um grande hiato na história do City, mas não o
resume. O City não é o clube deste período. Por isso que a vinda do Sheik
Mansour o ajudou para uma retomada de rumo. Mas apenas isso, não o recriou como
um grande clube. E a sua história no futebol inglês assim comprova.
Parabéns ao Luciano, ótimo post! Quanto ao aviso do jogo do Chelsea Carlos, Fair Play meu amigo, Fair Play!
ResponderExcluirValeu Pasha!! Putz perdi o horário do jogo para mandar a aposta. Horário-de-jogo/pegadinha este! Colocando as fichas numa zebra do Aston Villa hehe Abs!
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