Caso Yaya Touré - parte II

Eu pessoalmente não achava que seria necessário escrever mais alguma coisa sobre o que foi chamado na Inglaterra de Capegate, mas infelizmente Yaya Touré não parece não querer continuar no Manchester City.

Hoje uma matéria na France Football (revista do país do PSG) tem uma matéria com o meio de campo marfinense. Ele fala que o City não o liberou dos compromissos pós temporada para que ele pudesse ficar junto com seu irmão em estado terminal por causa de um câncer. Ibrahim Touré veio a falecer poucos dias atrás. Acho pouco provável o City não ter o liberado, se ele tivesse realmente pedido.

Assim que essa matéria saiu na imprensa inglesa, não demorou mais que alguns instantes para que exemplos de liberação do clube fossem dados em casos de outros jogadores do elenco. O pai de Zabaleta sofreu um grave acidente na Argentina e ele viajou sem haver problema algum no clube por causa disso. Adebayor estava no ônibus de Togo quando eles foram atacados por terroristas com metralhadoras numa edição da Copa Africana de Nações e seu retorno não foi apressado. Uma das filhas de Tevez nasceu prematura e o argentino pode ficar o tempo que quisesse com a família.

É a segunda vez que o jogador ou seu agente usam desculpas para criar problemas e cavar uma saída do Manchester City, quem sabe por um valor mais baixo que um clube já com tudo engatilhado queira pagar. A direção do City não parece querer entrar em conflito com isso e vai contemporizando.

Vale lembrar que pouco depois desse período pós temporada em Abu Dhabi, Touré viajou para o Qatar e cuidar da lesão que sofreu nas últimas rodadas do campeonato inglês. Quem sabe poderia ter usado esse tempo para se recuperar em Manchester e ficar com o irmão. Qatar tem ligações com dois times de futebol: Barcelona e PSG.

O primeiro caso eu não me importei tanto, apenas achava que era jogo de empresário para conseguir um aumento ou mais mordomias para seu cliente, mas é ridículo esse método de como quer conseguir alguma coisa. Ok, a intenção não é aumento, é sair do clube, envia uma carta pedido transferência e acha um clube que queria negociar nos termos do Manchester City.

Qualquer pessoa tem liberdade de ir e vir, não pode ser um trabalhador escravo, mas também tem que honrar contratos que tem muito$$$$ direitos interessantes para o Yaya. Passa longe de ser um trabalhador que não consegue se sustentar e a sua família.

O Yaya está jogando no lixo uma idolatria que tem em Manchester. Tomara que valha a pena para ele.